sexta-feira, 31 de maio de 2013

REFLEXÃO FINAL


Mais uma etapa que chega ao fim…
 
Foram três meses de trabalho, aprendizagem constante e momentos de diversão que não irei esquecer. Foi uma experiencia que me fez crescer não só a nível profissional, mas também a nível pessoal.
 
Foram algumas as dificuldades encontradas ao longo deste estágio de aprendizagem IV, mas com a ajuda do meu orientador de estágio que me acompanhou ao longo deste percurso e me esclareceu de todas as dúvidas existentes, tudo se tornou mais fácil.
 
Efetuei muitas atividades, conheci todos os Centros de Saúde pertencentes a zona onde estagiei, o que contribuiu para que tivesse o privilégio de conhecer e aprender muitas coisas novas durante este tempo.
 
É pertinente mencionar que simpatizei com todas as atividades que realizei, no entanto a que mais me marcou, foi sem dúvida a avaliação da qualidade do ar nos Centros de Saúde, uma vez que comunicávamos com os profissionais e de alguma forma os alertávamos para os perigos que desconheciam.
 
Aprendi que é muito importante a forma como falamos e agimos com cada pessoa, uma vez que existem vários comportamentos e, por vezes, alguns dos profissionais que abordamos não são muito recetivos e tentam criar uma barreira para os conselhos que lhe damos.
 
Para terminar, quero agradecer a forma como fui recebida no gabinete onde estagiei, e principalmente ao meu orientador de estágio, por toda a ajuda e dedicação que teve em realizar atividades para que eu tivesse o maior contato possível com a área da Segurança e Higiene no trabalho.
 
Aproveito para agradecer a todos os que me receberam, apoiaram e acreditaram nas minhas capacidades. E, também a minha família e amigos que me “aturaram” durante estes meses que foram difíceis mas muito gratificantes.

“É na experiencia da vida que o homem evolui.”
Harley Spencer Louis


 

Estágio Final


No decorrer destes três meses de estágio, desempenhei várias tarefas na área da Segurança e Saúde no Trabalho, nomeadamente verificação de condições em locais de trabalho, avaliações de risco, entre outros.
Além de todas as tarefas desempenhadas, o meu estágio incidiu principalmente na avaliação da Qualidade do Ar interior de vários Centros de Saúde. Paralelamente a esta avaliação, foram também efetuadas medições da iluminação.
 
Equipamento EVM-7
Relativamente a esta atividade, foram efetuadas medições em vários pontos de cada Centro de Saúde, incidindo principalmente nos gabinetes médicos, gabinete de enfermagem, salas de espera, salas de tratamentos, gabinetes de higiene oral e salas de fisioterapia.
Antes de nos deslocarmos ao local, verificámos as plantas do local e posteriormente identificamos os pontos de medição.
Após a recolha dos dados é feito o tratamento dos mesmos, e em seguida emitido um relatório para cada responsável dos serviços.
 
 
O relatório é composto por vários tópicos:
·         Motivo das medições;
·         Objetivo;
·         Avaliação das condições ambientais;
·         Resultados obtidos nas medições;
·         Situações que foram detetadas;
·         Propostas de melhoria.
 
A avaliação das condições ambientais foram realizadas com base em:
ü  Verificação de legislação/normas aplicáveis;
ü  Observação e análise das condições de trabalho dos profissionais;
ü  Entrevistas com os profissionais sobre as condições de trabalho dos mesmos.
 
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Para terminar, deixo-vos um exemplo de como são apresentados os resultados das medições da qualidade do ar, bem como da iluminação.
 
Tabela I: Valores médios de cada parâmetro, em cada local
 
Tabela II: Valores obtidos na medição de iluminação
Legenda:
  1. Sala de Vacinação - 2 Bancadas: 180 lux e 121 lux; Secretária: 266 lux;
  2. Sala de Tratamentos: 260 lux;
  3. Consultório Médico: 165 lux;
  4. Gabinete Enfermagem: 280 lux;
  5. Posto Administrativo - 2 Postos: 147 lux e 245 lux;
  6. Balcão de Atendimento - 2 Postos de trabalho: 150 lux e 305 lux.
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS:
As medidas propostas de modo a restabelecer a boa qualidade do ar no interior dos espaços dos Centros de Saúde, passa essencialmente por:
  • Abertura de janelas em períodos de baixa ocupação, como por exemplo de manhã cedo e/ou hora de almoço;
  • Assegurar a limpeza do edifício no final da tarde, sendo seguida de uma intensa ventilação;
  • Os trabalhadores expostos a concentrações de partículas suspensas no ar e compostos orgânicos voláteis deverão dispor no local de equipamento que permita uma forte extração do ar interior;
  • Instalação de dispositivos que permitam uma abertura controlada das janelas de forma a permitir níveis de ventialação confortáveis.
 
A Organização Mundial de Saude (OMS) sustenta que a possibilidade de um determinado poluente chegar aos pulmões de uma pessoa é mil vezes maior dentro de casa do que fora.
 

domingo, 26 de maio de 2013

AVALIAÇÃO DE RISCOS


No local de trabalho, a entidade patronal tem o dever geral de assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores em todos os aspetos relacionados com o trabalho. A avaliação de riscos permite que os empregadores tomem as medidas necessárias para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores.
 
Estas medidas incluem:
  • Prevenção dos riscos profissionais;
  • Prestação de informação aos trabalhadores;
  • Prestação de formação aos trabalhadores;
  • Adequação da organização e de meios para a implementação das medidas necessárias.
 
Apesar de o objetivo da avaliação de riscos consistir na prevenção dos riscos profissionais, devendo ser sempre este o objetivo principal, nem sempre poderá ser alcançado na prática. Sempre que não seja possível eliminar os riscos, estes devem ser diminuídos e o risco residual controlado. Numa fase posterior, enquanto parte do programa de revisão, esse risco residual será reavaliado e a possibilidade de eliminação do risco talvez possa ser reconsiderada face a novas informações.
 
A avaliação de riscos deve ser estruturada e implementada de forma a ajudar os empregadores a:
  • Identificar os perigos existentes no local de trabalho e avaliar os riscos associados aos mesmos, determinar as medidas que devem ser adotadas para proteger a saúde e a segurança dos seus trabalhadores e de outros trabalhadores, tendo em devida consideração as exigências legais;
  • Avaliar os riscos, a fim de efetuar escolhas informadas relativamente ao equipamento de trabalho, às substâncias químicas ou preparações utilizadas, à adaptação do local de trabalho e à organização do trabalho;
  • Verificar se as medidas aplicadas são adequadas;
  • Definir prioridades no caso de virem a ser necessárias medidas adicionais na sequência da avaliação;
  • Demonstrar a si próprios, às autoridades competentes, aos trabalhadores e aos seus representantes que todos os fatores pertinentes relacionados com o trabalho foram tidos em consideração, e que foi efetuado um juízo válido e informado acerca dos riscos e das medidas necessárias para salvaguardar a saúde e a segurança;
  • Garantir que as medidas preventivas e que os métodos de trabalho e de produção, considerados necessários e implementados na sequência de uma avaliação de riscos, proporcionam uma melhoria do nível de proteção dos trabalhadores.
 
Reduzir os acidentes no local de trabalho: conselhos para as entidades patronais
As entidades patronais devem tomar as medidas necessárias para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores Para prevenir acidentes, deve instaurar um sistema de gestão da saúde e da segurança que inclua a avaliação de riscos, a gestão dos riscos e procedimentos de acompanhamento.
 
Os princípios orientadores que devem ser tidos em consideração no processo de avaliação de riscos podem ser divididos em cinco etapas:
 
Etapa 1. Identificação dos perigos e das pessoas em risco
Análise dos aspectos do trabalho que podem causar danos e identificação dos trabalhadores que podem estar expostos ao perigo.
 
Etapa 2. Avaliação e priorização dos riscos
Apreciação dos riscos existentes (sua gravidade e probabilidade) e classificação desses riscos por ordem de importância. É essencial definir a prioridade do trabalho a realizar para eliminar ou evitar os riscos.
 
Etapa 3. Decisão sobre medidas preventivas
Identificação das medidas adequadas de eliminação ou controlo dos riscos.
 
Etapa 4. Adoção de medidas
Aplicação das medidas preventivas e de proteção, através da elaboração de um plano de prioridades (provavelmente não será possível resolver imediatamente todos os problemas) e especificando a quem compete fazer o quê e quando, prazos de execução das tarefas e meios afetados à aplicação das medidas.
 
Etapa 5. Acompanhamento e revisão
A avaliação deve ser revista a intervalos regulares, para assegurar a sua permanente atualização. Deve ainda ser revista sempre que se verifiquem na organização mudanças relevantes, ou na sequência dos resultados de uma investigação sobre um acidente ou um “quase acidente”.
 
Importa salientar, contudo, que existem outros métodos que funcionam igualmente bem, particularmente para riscos e circunstâncias mais complexos. A escolha da abordagem para a avaliação dependerá:
  • Da natureza do local de trabalho (por exemplo, se se trata de um estabelecimento fixo ou temporário);
  • Do tipo de processo (por exemplo, operações repetitivas, processos de desenvolvimento/transformação, trabalho em função das necessidades);
  • Da tarefa executada (repetitiva, ocasional ou de elevado risco).
Nalguns casos, uma única abordagem que abranja todos os riscos existentes no local de trabalho ou numa atividade poderá ser adequada. Noutros casos, poderá ser mais adequado adotar diferentes abordagens para diferentes áreas do local de trabalho.
 

Documentos de Referência: